terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Contrarian Investing no Petróleo

Desde que quebrou o range de negociação em que negociou durante um ano, o brent caiu a pique desvalorizando mais de 35% em 4 meses. A contribuir para esta queda esteve, entre outros factores, a valorização do dólar norte-americano.

A queda do preço do barril de brent acelerou a semana passada à medida que decorria a reunião da OPEC em Viena e em que era cada vez mais provável que não houvesse nenhum corte na produção. Os hedge funds apressaram-se a tomar posições curtas especulativas enquanto decorria a reunião dos vários ministros dos países produtores de petróleo, levando o brent a testar mínimos de 2010 nos USD 68/70.


A abertura com gap em baixa da sessão dontem, foi aproveitada para tomada de mais valias de muitos desses hedge funds, acabando por ser formar uma vela de bullish engulfing pattern. O RSI também apresenta algumas divergências positivas.


Tendo consciência que estou a abrir uma posição contrária à tendência de queda, em todos os horizontes temporais, decidi abrir uma posição longa em brent a USD 71,10 com stop loss abaixo do mínimo da vela dontem nos USD 66,80 e take profit nos USD 82,80.

Chamo mais uma vez a atenção para o risco elevado desta posição mas muitas vezes abrir uma posição de compra quando todo o mundo já está vendido (e não há mais ninguém a querer vender) poderá ser uma boa estratégia.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Especular na performance relativa entre dois índices

As minhas expectativas em relação ao rumo dos mercados europeus foram defraudadas depois do People´s Bank of China (PBOC) ter decidido baixar as taxas de juro nos depósitos a prazo a 1 ano em 25 pontos base (dos 3% para os 2,75%) e a taxa de empréstimo a 1 ano em 40 pontos base (dos 6% para os 5,60%),no passado dia 21 de Novembro.
Os índices europeus reagiram positivamente a estas notícias e à possibilidade do alargamento da compra de activos por parte do BCE e subiram em flecha, passando a negociar novamente acima da média móvel de 200 dias.
Apesar de ter sido stopado no trade curto que havia aberto em Ibex e de ter sido forçado a alterar a minha visão pessimista de curto prazo, não me parece que a acção recente do PBOC continue a alimentar as subidas nos índices como até agora. Até poderão continuar a subir, mas certamente suportados por outras razões. Na minha opinião estes cortes nas taxas não serão suficientes para provocar uma alteração nas dinâmicas de crescimento da economia chinesa, além de serem baixos (historicamente os cortes nas taxas são de 50 bps).
Neste momento, e depois de ter quebrado em alta a Ltd de médio prazo (azul), o Dax encontra-se muito perto de testar os máximos anuais nos 10.000/10.050 pontos. Este será o verdadeiro teste de força do Dax. É normal que possa haver alguma tomada de mais valias nesta zona mas será que após um pullback o Dax conseguirá estabelecer novos máximos anuais?
 
 
Já o Ibex quebrou a resistência dos 10.450/10.500 pontos, activando o nosso stop loss nos 10.510, mas ainda se encontra longe dos máximos anuais.
 
 
Conforme referi anteriormente, continuo bastante mais pessimista no Ibex e no Mib do que no Dax, por exemplo, e portanto irei agir de forma mais conservadora da próxima vez que entrar no mercado, fazendo hedging da minha posição.
 
O rácio Dax/Ibex encontra-se neste momento numa resistência nos 0,93/0,9350. Case quebre esta zona em alta poderemos ter uma oportunidade de trading interessante, ao especular que o Dax irá subir mais (ou descer menos) que o Ibex.
 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O dólar poderá ser alvo de profit taking

Nas minutas da FOMC, divulgadas ontem, a maior parte dos membros da Fed acha que o abrandamento global irá ter um impacto limitado na economia americana e continuam apreensivos em relação ao ambiente deflacionário em que a economia americana continua mergulhada, muito devido à queda do preço do petróleo. Alguns membros também acharam por bem remover a expressão "considerable period" no que refere à distância entre o momento actual e o primeiro aumento na taxa de juro de referência.
 
Geralmente as minutas não trazem grandes alterações ao futuro da política monetária da Fed, com o mercado a continuar a acreditar que o primeiro aumento da taxa de juro será em Setembro de 2015. As atenções ficaram assim direccionadas para a última reunião da Fed deste ano em Dezembro e para os dados do CPI que foram divulgados hoje.
 
O CPI m/m saiu uma décima acima do esperado (Act. 0,0% vs Prev. -0,1%) e o core CPI m/m em linha com o esperado nos 0,2%.
 
O USDJPY tem sido comprado pelos hedge funds nas últimas três semanas, suportado pela antecipação das eleições no Japão para dia 21 de Dez., em que Shinzo Abe deverá reforçar a sua liderança. Apesar do trade parecer ter um só sentido, tudo o que sobe muito rápido cai ainda mais rápido e não admiraria de termos uma tomada de mais valias por parte de quem está comprado em dólares americanos.
 
 
Por outro lado, o GBPUSD encontra muito sobrevendido e, apesar da tendência primária ser de queda, o facto das minutas do BoE terem apontado para um aumento dos salários devido ao facto do mercado aboral estar bastante forte, poderá ser suficiente para despoletar um short covering.
 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

PIB desilude e Nikkei é alvo de fortes vendas

O PIB trimestral preliminar do Japão foi a grande surpresa desta madrugada ao ter saído negativo nos -0,4%, enquanto que o mercado antecipava um crescimento de 0,5% do PIB. O Japão entra assim em recessão técnica, após dois trimestres consecutivos de contracção, a terceira desde a crise do subprime em 2008.
 
Esta surpresa negativa levou o Nikkei a um sell-off impressionante que foi aliviando à medida que a sessão europeia progredia. Ainda assim, nem tudo são más notícias, uma vez que estes dados poderão adiar o segundo imposto sobre vendas (recordo que o primeiro imposto data de Abril deste ano).
 
Os próximos dias de negociação serão marcados pelas especulações em torno do adiamento ou não do segundo imposto sobre vendas e pela possibilidade de eleições antecipadas uma vez que Abe falhou no seu compromisso eleitoral de trazer crescimento e inflação para o Japão.
 
A nível técnico, o Nikkei poderá encontra-se a formar um H&S no gráfico de H4. Estarei atento a uma possível entrada curta no índice nipónico. O nível chave são os 16670 pontos.


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Death Cross no IBEX inverte a tendência de longo prazo

Depois de uma ausência prolongada é com agrado que vos posso dizer que recomeçarei a publicar diariamente no meu blog. Antes de passar ao que interessa, não quero deixar de agradecer a todos aqueles que me enviaram mensagens de incentivo durante este dois últimos meses e que me fizeram perceber que, de uma forma ou de outra, vos tenho ajudado a entenderam e se possível realizarem bons negócios neste apaixonante mundo dos mercados financeiros.
 
Quem costuma acompanhar os meus posts, certamente já tinha reparado que estava bastante pessimista no PSI-20. Os últimos três meses vieram demonstrar que não só o PSI-20 mas também os restantes índices europeus têm sido alvo de uma forte pressão vendedora.
 
Depois de um final de mês de Setembro e príncipio de Outubro marcadamente negativo para os índices europeus, assistimos a um movimento correctivo que já dura há um mês. Na minha opinião este movimento correctivo já terminou e deveremos voltar às quedas, motivadas pelo regresso do conflito entre a Rússia e a Ucrânia e pela multa de 4,4 milhões de USD aplicada a alguns bancos (como é o caso HSBC, Citi e JP Morgan) por alegada manipulação no mercado cambial.
 
Após uma análise exaustiva aos vários índices europeus, considero que o IBEX e o MIB são os mais vulneráveis neste momento. O IBEX activou um duplo topo no dia 15 de Outubro com um target teórico de 1225 pontos. O movimento correctivo levou o índice espanhol a negociar acima da base deste duplo topo, situada nos 9950 pontos.
 
O movimento correctivo levou o IBEX a testar os 61,8% de fibo, nível que ofereceu bastante resistência. Além disso, as médias móveis de 50 e 200 dias cruzaram em baixo, sinal técnico conhecido como "death cross" e que sinaliza a inversão da tendência primária. Já tinha iniciado uma posição curta a 10370 pontos no dia 3 de Nov. e aproveitei hoje para reforçar com nova posição curta a 10156 pontos com stop loss a 10510 e take profit a 8870 pontos.
 
 
 
 
 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Brent testa mínimos de 2012 e poderá sofrer um rebound

Nos últimos 3 meses e meio os preços do petróleo caíram a pique, depois da Líbia ter aumentado a sua produção e exportação  e da OPEC ter anunciado que a produção no Iraque foi apenas ligeiramente afectada pelos conflitos no norte do país.
 
Este aumento da produção de petróleo na Líbia, conjugado com as declarações do governo de que iriam aumentar a produção dos actuais 0,6 mb/d para 1,0 mb/d até ao final do ano, levaram o brent a cair dos USD 115 até aos USD 89, a maior queda dos últimos dois anos.
Do ponto de vista fundamental, só um agudizar das tensões entre os países ocidentais e Rússia (o maior produtor do mundo com 10 milhões de barris por dia) poderia levar o preço do barril de crude de novo para cima dos USD 100.
Ainda assim acredito numa correcção técnica de curto prazo, depois do brent ter testado hoje o importante suporte dado pelo mínimo de 2012 nos USD 90. Também os indicadores de momentum, como é o caso do estocástico, mostram sinais de divergência.
Comprei brent a USD 89,40 com stop loss a USD 87,90 e take profit nos USD 98,30.
 

Actualização do trade em USDRON

O dólar parece estar a ganhar força novamente. Depois da correcção, poderemos estar a voltar à tendência principal de subida.

Decido fechar o trade aberto em USDRON com um ganho ligeiro de 150 pips.

No fim de semana irei actualizar a rentabilidade da carteira, uma vez que não o faço desde Julho.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

USDRON forma top reversal day

Apesar de bastante sobrecomprado, o dólar continua forte contra a maior parte das divisas. O short covering que se tem presenciado nos últimos dias no EURUSD, no GBPUSD e no AUDUSD tem levado a uma depreciação da moeda verde, que poderá perdurar durante mais alguns dias.

Na grande maioria dos pares cambiais o início do movimento correctivo já vai longe, o que invalida uma entrada aos preços actuais, tendo em conta as regras de gestão de risco e de estarmos a apostar contra a tendência primária de valorização do dólar.

Após alguma pesquisa, encontrei um par cambial que oferece uma relação retorno/risco interessante e cujo ponto de inversão foi dado pelo aparecimento dum top reversal day na 2ª feira.

 
Os  top  reversal  days  acontecem  em  tendências  altistas  quando  é  estabelecido um novo máximo mas o fecho da vela diária acaba por ser negativo.
 
Foi precisamente este padrão que se formou na USDRON. A divulgação do PIB do 2º trimestre na Roménia, deu algum impulso altista ao USDRON na sessão de hoje, que acabou por ser apenas temporário. Aproveitei esta subida para shortar USDRON a 3,4820 com stop loss a 3,5340 e take porfit nos 3,3610.
 
 
 
Na 6ª feira serão divulgados outras dados importantes como o CPI (Set.), a produção industrial (Ago.) e balança comercial

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Quedas acentuadas do preço do petróleo levam Galp a atingir o nosso take profit

A descida das cotações do petróleo nos últimos 4 meses tem colocado pressão nas margens de exploração das empresas petrolíferas e afastado os investidores das mesmas.
 
As quedas acentuadas da cotação do WTI e do Brent nas últimas semanas, provocaram um sell-off nos títulos da Galp Energia e fizeram com que o take profit do trade short que tenho sobre a acção, fosse activado a 12,60€.
 
Para já a acção encontra-se a consolidar acima do suporte dos 12,15€, tal como o crude e o brent que também se encontram em fase de consolidação. A divulgação dos stocks de crude amanhã às GMT 15h30 poderá ajudar a traçar o caminho das cotações no curto prazo.
 
Caso a Galp quebre o suporte dos 12,15€, activa um duplo topo cujo target teórico são os 10,55€.
 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Corte na previsão do défice oferece boa entrada short em açúcar

A Green Pool, que publica análises independentes e dá consultoria na área do açúcar e bio combustíveis, reviu em baixa a previsão do défice de produção mundial de açúcar, apesar da produção na região sul do Brasil ter sido prejudicada pelas secas.
 
A Green Pool baixou a sua previsão do défice para a temporada 2014/2015 em 100 mil toneladas, apesar da estimativa para a região centro-sul do Brasil ter descido de 31,7m-32,0m toneladas para 31,3m toneladas. Este corte no défice reflecte por um lado a maior procura de etanol em setembro como bio combustível e a previsão de chuvas daqui em diante.
 
A divulgação deste relatório, no dia 29 de Setembro, coincidiu com o máximo feito no mês de Setembro e com a formação duma vela de shooting star, cuja confirmação foi dada ontem, com um fecho abaixo do corpo da vela do dia anterior.
Posto isto, abri uma posição curta esta manhã a USD 16,32 com stop loss a USD 17,10 e take profit a USD 14,70.
 

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Norges Bank vai comprar 250 milhões de NOK por dia

A notícia avançada esta manhã pelo Norges Bank de que irá comprar 250 milhões de coroas noroeguesas por dia durante o mês de Outubro, para transferir liquidez do “oil fund” para cobrir necessidades de tesouraria internas, levou o EURNOK a cair 75 pips.
As core retail sales, referentes ao mês de Agosto, que saíram muito acima do valor do mês anterior (Act. 0,6% Prev. -1,5%) também vieram contribuir para este movimento de valorização da coroa norueguesa.
Em termos fundamentais parece estarem reunidas as condições para novas quedas no EURNOK, ainda para mais com a política facilitista do BCE e o juro historicamente baixo de 0,05%, que compara com os 1,5% do Banco Central da Noruega.
As declarações do governador do banco central norueguês de que se trata duma operação de compra de NOK e não de uma intervenção, levou o EURNOK a aliviar um pouco a pressão vendedora.
Tecnicamente, o EURNOK encontra-se sobre o suporte importante dos 8,10. Só quando este suporte for quebrado, teremos caminho aberto para novos movimentos impulsivos de queda.
 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Actualização dos trades em Altri e Galp

Altri
 
Conforme tínhamos visto na análise à Altri, publicada no dia 15 de Setembro, a formação da vela duma vela shooting star, conjugada com os factores fundamentais que referi, levaram-me a entrar curto na acção, com take profit nos 2,25€.
 
Este target foi atingido hoje, pelo que saí da posição com um ganho de 26,2 cêntimos por acção.
 
Galp
 
O take profit (12,60€) do trade curto em Galp que tenho em aberto desde o dia 9 de Setembro, foi quase activado no dia 23, depois da Galp ter estado cair quase 5%. Acabou por encontrar alguma pressão compradora (fechou nos 13,29€) mais perto do final da sessão.
 
As últimas duas sessões também têm sido marcadas por elevada pressão vendedora, pelo que decido baixar o stop loss para o ponto de entrada, os 13,45€.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Espírito Santo Saúde: a especulação continua alimentada por novas ofertas

As acções da Espírito Santo Saúde (ESS) continuam em forte alta na bolsa lisboeta, a cotarem acima dos 4,90€. Depois da entrada da companhia de seguros Fidelidade na corrida pelo controlo da ESS, com uma oferta de 4,72€ por acção, os investidores apostam agora que os outros dois interessados lançarão ofertas mais elevadas pela ESS. Recordo que os mexicanos da Ángeles ofereceram 4,50€ e a José de Mello Saúde 4,40€ por acção.
 
A José de Mello saúde reiterou ontem que apesar de ter a oferta mais baixa “mantém todo o emprenho” na OPA. No entanto, acaba por ser o interessado mais penalizado pela entrada dos chineses da Fosun (donos da Fidelidade) e a possibilidade da entrada dum quarto concorrente – os norte americanos do grupo UnitedHealth. Isto porque acaba por ser a empresa mais endividada e dependente do crédito bancário.
A UnitedHealth poderá nem sequer lançar uma OPA uma vez que foi negociar directamente com quem está a administrar a falência da Rioforte, sociedade que detêm 51% da Espírito Santo Saúde.
Sem dúvida nenhuma que as duas empresas que mais sinergias trariam para o negócio seriam a José de Mello Saúde e a UnitedHealth, que já está presente em Portugal através do Hospital dos Lusíadas.
Na minha opinião, devido ás limitações financeiras que a José de Mello apresenta, comparativamente com os outros três interessados, está à partida posta de parte. Para os accionistas, o facto da legislação portuguesa obrigar a que cada nova oferta apresente uma melhoria de pelo menos 2% face á anterior, ou seja, teria que ser de pelo menos 4,814€, deverá continuar a aumentar a especulação e a dar suporte à cotação da acção.
 
Mas atenção, quando a subida é feita de forma muito rápida, as quedas que se seguirão serão vertiginosas!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Altri: o regresso às quedas

A Altri tem vindo a recuperar das perdas que castigaram fortemente a acção entre Março e Julho deste ano. Neste período a papeleira perdeu mais de 30% do seu valor em bolsa.

 A Altri iniciou a recuperação antes do PSI-20 iniciar e enquanto o PSI-20 inverteu a sua tendência no dia 8 de Setembro, a Altri só o fez na sessão da última 6ª feira.

A contribuir para esta recuperação esteve o fortalecimento do dólar americano face ao euro. Sendo a Altri uma empresa de cariz marcadamente exportador (94% das vendas de papel são feitas lá fora), a desvalorização da moeda única nas últimas semanas, devido às medidas de expansionismo monetário implementadas pelo BCE, tem ajudado as exportações da empresa. Também o upgrade do target da Altri pelo BPI e o reforço da participação no capital da empresa por parte de Paulo Fernandes (CEO da Altri), poderão ajudar a explicar esta subida mais prolongada.

Na sessão da última 6ª feira a Altri testou o nível 61,8% de fibo do último movimento de queda, com  a formação de uma vela de shooting star e uma ilha de reversão simultaneamente.

Na minha opinião estão reunidas as condições para regressarmos às quedas, pelo que abri uma posição curta perto do final da sessão a 2,512€ com stop loss a 2,62€ (acima da sombra superior da vela da shooting star) e take profit nos 2,25€.



quinta-feira, 11 de setembro de 2014

ALIBABA: será um verdadeiro negócio da China?

A maior empresa de comércio online da China vai dispersar o seu capital na bolsa americana já no próximo dia 19 de Setembro, naquela que é já considerada por muitos a maior operação financeira da história.
O que faz a Alibaba?                                                   
Fundada em 1999, a Alibaba é a maior empresa tecnológica de comércio online na China. A empresa facilita o processo de compra e venda de qualquer artigo entre compradores (sobretudo particulares) e vendedores (sobretudo empresas), anulando deste modo o custo com intermediários e baixando significativamente o preço dos produtos para o consumidor. Em troca a Alibaba cobra uma comissão de 3% sobre cada negócio efectuado.
O modelo de negócio é bastante simples e acarreta custos bastante baixos para a empresa uma vez que não necessita de ter qualquer inventário nem gerir stocks, transferindo esse custo para os anunciantes.
 
O comércio electrónico na China cresceu 71% entre 2009 e 2012, que compara com um crescimento de 13% nos Estados Unidos em igual período. Este gigante chinês tem beneficiado do crescimento da classe média chinesa e do aumento do poder de compra. Só em 2013 a Alibaba teve 630 milhões de utilizadores, um número que deverá aumentar nos próximos anos.
É neste mercado, onde ocupa uma posição dominante, que obtém 85% das suas receitas, tendo gerado um volume de negócios (VN) de 8,46 mil milhões de dólares no exercício de 2013, correspondente a um lucro líquido de 7,72 mil milhões de dólares.
 
Principais desafios
Os principais desafios passam pela capacidade da empresa em conseguir diversificar-se e reforçar a internacionalização através da entrada nos Estados Unidos e Europa. Outro factor prende-se com a concorrência crescente que pretende tirar à Alibaba o seu monopólio no mercado chinês. O conhecido motor de busca chinês, Baidu, já começou a desenvolver ferramentas para atacar o mercado do comércio electrónico.
Oferta Pública de Venda (OPV)
A Alibaba deverá estrear-se em bolsa na próxima 6ª feira, dia 19 de Setembro, com um preço a rondar o limite superior do intervalo definido (60 a 66 dólares). Considerando o valor de 66 dólares, a empresa será avaliada em 18 vezes o seu volume de negócios, ou seja,  165 bln USD e apresentará um PER (rácio entre o preço e o lucro líquido) de 44,89, o que me parece claramente exagerado, mesmo tendo em conta as expectativas de crescimento de 27%/ano do comércio online na China (senão compare-se com o Ebay que apresenta um PER de 21,74, menos de metade).
Conclusões
O timing para a OPV da Alibaba não podia ser melhor uma vez  que o Nasdaq se encontra em máximos anuais e o S&P500 em máximos históricos. A especulação em torno da Alibaba e a procura de empresas com forte crescimento gera sempre um grande entusiasmo na comunidade investidora, o que poderá levar a fortes subidas nas primeiras sessões.
 
O risco de comprar acções tão sobrevalorizadas (quando comparadas com outras empresas do mesmo sector e a cotar na mesma bolsa) é elevado. Ainda para mais, a Alibaba será cotada através de uma empresa sediada nas Ilhas Caimão uma vez que a lei chinesa tem bastantes restrições no que respeita a participações estrangeiras. Ou seja, os accionistas não terão qualquer voto na matérias no que respeita a decisões da administração da empresa.
 
Ainda assim acredito que poderá ser um bom investimento de curto prazo, pelo menos enquanto o Nasdaq não atingir os máximos a que cotou na bolha das dot.com nos 4800 pontos. A reboque deverá ir a Yahoo que tem uma participação superior a 20% no capital social da empresa.
 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Galp forma duplo topo e dá bom ponto de entrada short

O anúncio das medidas expansionistas por parte do BCE, com o corte da taxa de juro de referência para um mínimo histórico nos 0,05% e o anúncio do arranque do programa ABS, coincidiu com a exaustão do movimento de subida da Galp.
 
Na 5ª feira passada a Galp testou pela segunda vez os máximos anuais nos 13,73€, mostrando alguns sinais de distribuição e crescente pressão vendedora. A vela dontem veio confirmar a elevada pressão vendedora e leva-me a crer que poderemos estar perante novas quedas na petrolífera nacional.
 
Abri uma posição short a 13,45€ com stop loss a 13,77€ e take profit nos 12,60€.
 
 
Em relação ao trade em EDP que mantinha aberto desde dia 22 de Agosto, decidi fechar a 3,64€ com um ganho de 0,10€ por acção.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Emissão da licença para investimento no Brasil faz EDP disparar

A EDP disparou ontem mais de 2% depois de ter sido emitida, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, a licença ambiental para início da construção duma barragem no Brasil, um investimento avaliado em 2,7 mil milhões de reais.

Como resultado, a EDP confirmou o breakout da linha de tendência descendente e aproximou-se do nosso take profit nos 3,72€.
Actualizamos o nosso stop loss para o ponto de breakeven nos 3,541€.
 
 
 

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A EDP continua com energia

O descalabro recente da banca nacional, com a saída de bolsa do BES e do ESFG e a forte desvalorização dos restantes títulos do sector, levaram o sector energético a aumentar a sua ponderação no mercado nacional quase para metade.
 
Em conjunto com a Galp e a Jerónimo Martins, a EDP está agora entre os três pesos pesados do PSI-20.
 
Apesar das fortes quedas que têm assolado a bolsa nacional, o que é certo é que a EDP tem mostrado alguma resiliência em acompanhar as mesmas. Enquanto que o PSI-20 caiu mais de 31% desde os seus máximos, a EDP resvalou “apenas 18,6%, um sinal claramente positivo e que mostra que os investidores continuam confiantes na empresa liderada por António Mexia.
 
Depois de ter iniciado uma recuperação no dia 8 de Agosto, a EDP subiu mais de 45 cêntimos. A subida dontem de quase 2% levou a eléctrica nacional a quebrar em alta uma linha de tendência descendente, que vinha marcando a fase correctiva em que a acção se encontrava.
 
Posto isto, decido comprar EDP a 3,541€ com stop loss a 3,46€ e take profit nos máximos anuais nos 3,72€.
 
 
 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Quem quer um café?

Depois de recarregadas as energias durante as férias, é tempo de voltar a olhar para os mercados e actualizar o meu blog que ficou parado durante duas semanas.

Enquanto tomava o pequeno almoço esta manhã e passava os olhos pelas notícias e pelos mercados, houve uma commodity agrícola que me despertou a atenção. Apesar de nem sequer beber café ao pequeno almoço, foi precisamente neste activo que o aparecimento de uma vela em formato de martelo invertido no dia 1 de Agosto me fez ficar colado ao ecrã.

Uma vez que não costumo acompanhar de perto os fundamentais do café, decidi investigar um pouco e descobri que dados oficiais revelaram que o café, e as commodities agrícolas em geral, têm-se tornado uma aposta popular entre os diversos hedge funds, mas do lado do short selling. De acordo com a Commodity Futures Trading Commission, as posições longas em futuros e opções sobre as 12 commodities agrícolas mais negociadas nos Estados Unidos, reduziram-se em 30.000 contractos só na última semana. Apesar desta redução reflectir uma queda no sentimento, o open interest (número de contractos activos) continua a aumentar: 300,000 contractos desde o final de Abril.

Posto isto, iniciei uma posição curta em café a 187,10 com stop loss a 196,10 (acima do máximo semanal) e take profit a 166.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Tempo para férias

O mês de Agosto é um mês tipicamente de férias e esta altura é marcada por uma liquidez sazonal mais baixa.

Também eu rumei ao sul do país para umas férias de duas semanas, portanto estarei afastado dos mercados e da actualidade.

Entre um mergulho e outro tentarei responder a todos os emails e dúvidas que me emviarem.

Bons mergulhos!

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Bes: e agora?

Ontem à noite o BES apresentou um prejuízo recorde de 3,57 mil milhões de euros relativo ao primeiro semestre do ano. A administração do banco apontou que este valor se deveu a “factores extraordinários”, tendo contabilizado 4,3 mil milhões de euros só em imparidades relacionadas com provisões para eventuais perdas relacionadas com empresas do GES, provisões relacionadas com a desvalorização das acções da PT (onde o BES detêm uma posição de 10%), desvalorização dos activos do banco AMan Bank na Líbia, entre outras. A actividade da banca de retalho em Portugal também não foi famosa e a subida do crédito em 0,3% não foi suficiente para compensar a quebra dos depósitos de clientes em 5,2%, O rácio de crédito/depósitos caiu de 129% em Março para 126% em Junho.
 
A proibição da CMVM da venda a descoberto das acções do BES e a suspensão da negociação dos títulos, antes da abertura da sessão, não foi suficiente para impedir uma abertura com um gap em baixa de mais de 35%. A acção chegou mesmo a registar um mínimo nos 17 cêntimos mas a existência  de grandes ordens de compra neste preço, levou a um ressalto significativo até aos 28,6 cêntimos. Apesar de parecer pouco esta subida equivale a 68% de valorização (um movimento interessante para quem gosta de fazer trading de mais curto prazo).
 
E agora?
 
Há mais ou menos um mês escrevi uma análise intitulada “O Fim do Bull Market do BES”. Nessa altura a acção cotava a 0,78€ e tinha acabado de acontecer sinal técnico importante: um “death cross”, ou seja, o cruzamento das médias móveis de 50 e 200 dias em baixa. Foi mais que a tempo de quem ainda detinha acções do BES sair do título e minimizar as perdas. Passado mais de um mês, a acção cota mais de 50 cêntimos abaixo e a pergunta que se impõe é: quando é que esta sangria vai parar?
 
Gostaria de vos poder dar uma resposta conclusiva mas a verdade é que a resposta a esta pergunta é difícil de encontrar e dependerá muito da forma como o banco conseguir transmitir ao mercado os próximos passos a dar na recapitalização do banco e o caminho a ser seguido. Temos ainda a incerteza relativamente à nova data para a assembleia geral, que deveria ter sido realizada hoje, e as conclusões que daí saírem.
 
Os elevados prejuízos deixaram a instituição, liderado por Vítor Bento, com o rácio de solidez financeira "common equity tier 1" de 5%, muito abaixo do mínimo exigido pelo Banco de Portugal de 7%. O caminho mais provável será um aumento de capital entre os 1.500 milhões e os 3.000 milhões de euros e a venda de activos como a posição de 10% na PT.
 
Tecnicamente, o mercado fechou hoje com uma vela doji, a mostrar algum equilíbrio entre pressão compradora e vendedora. Os 0,17€ funcionam agora como um importante suporte e poderemos assistir a uma correcção técnica em alta, tendo como objectivo o fecho do gap nos 0,34€.
 
 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Jerónimo Martins desilude os investidores

A Jerónimo Martins apresentou resultados líquidos de 144,9 milhões de euros entre Janeiro e Junho de 2014, o que representa uma quebra de 12,4% face a igual período do ano passado.

Apesar das vendas terem aumentado 7,2%, o facto de dois terços dessas mesmas vendas terem sido feitas na Polónia afectou os resultados do grupo devido à queda da inflação na Polónia.

Esta quebra nos lucros é também justificada pelo impacto do investimento inicial que foi feito na unidade colombiana Ara e nas farmácias polacas Hebe.

Os investidores reagiram negativamente a estas notícias e a acção abriu hoje com um gap em baixa, encontrando-se a desvalorizar mais de 13% para os 10,13€, o valor mais baixo desde Outubro de 2010. A Jerónimo Martins tem resistência nos 10,75€/11,25€. Poder-se-á esperar uma vinda a esta resistência mas a tendência de queda deverá continuar no médio prazo.
 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Actualização dos trades em Dax e USDCAD

Esta semana será sem dúvida bastante atribulada do outro lado do Atlântico, com a divulgação da confiança do consumidor, PIB do 2ª trimestre, a decisão sobre a taxa de juro da FOMC, pedidos semanais de subsídio de desemprego,  non-farm payrolls, taxa de desemprego e ISM Manufacturing Index.  
 
Às 15h00 GMT foi divulgado o índice de sentimento económico do consumidor nos Estados Unidos, relativo ao mês de Julho, muito acima do esperado (Act. 90.0 vs Exp. 85.4). Em reacção, as obrigações do tesouro americano a 10 anos caíram 2,5 ticks de 125.10 para os 125.08, o dólar índex fez novos máximos diários e os índices americanos reagiram em alta.
A nossa carteira de investimentos sofreu algumas modificações: o trade em USDCAD foi stopado 1,0820, fruto do fortalecimento do dólar, e saí do trade em Dax a 9610 pontos, com um ganho de 80 pontos.
 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

BCP forma vela de Shooting Star e retoma tendência descendente

Na passada 6ª feira a agência Moody´s subiu o rating da dívida nacional de Ba2 para Ba1, com uma perspectiva estável, e apenas a um nível de sair da categoria “lixo”. A agência apontou como principais razões para esta melhoria do rating, o facto de esperar que a consolidação orçamental continue no bom caminho, a “posição de liquidez confortável, com o regresso aos mercados, e a redução gradual do elevado endividamento público.
 
Na última sessão da semana passada, o BCP abriu bastante impulsionado pelas expectativas em relação à apresentação dos resultados do primeiro semestre do ano, números que serão conhecidos depois do fecho da sessão de hoje, mas rapidamente inverteu com a pressão vendedora associada à admissão à negociação das novas acções resultantes do aumento de capital.
 
Na última sessão o BCP formou uma vela de Shooting Star. Uma  Shooting  Star  é  uma  vela  com  um  corpo  pequeno  no  final  do  seu range de negociação e uma sombra superior bastante comprida. Esta vela sinaliza uma inversão na tendência e que aliás foi confirmada pela vela negativa de hoje. Após as fortes quedas do BCP das últimas semanas, o rally iniciado no dia 22 de Julho foi aproveitado pelos investidores para se desfazerem das acções e minimizarem as perdas.
 
O aparecimento duma vela deste tipo, leva-me a crer que a subida poderá ter chegado ao fim. A apresentação de resultados de hoje do BCP, e do BES na 4ª feira, poderá trazer alguma volatilidade ao título. Ainda assim não acredito que passe dos 13,30 cêntimos (máximo da vela da shooting star) e acredito mesmo que o BCP possa chegar aos 8 cêntimos a curto prazo. Os 8 cêntimos além de constituir um suporte importante é também o objectivo teórico do cabeça e ombros que foi activado pelo BCP, conforme exemplificado no gráfico.
 
 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

"Sell in May and Go Away" (Actualização)

Na edição de hoje do jornal Vida Económica, saiu uma actualização ao artigo que publiquei no blog no dia 20 de Abril, tendo em conta a evolução do índice PSI-20 entre essa data e a última 6ª feira (18 de Julho).
 
As conclusões a que cheguei são as mesmas: a estratégia de estar investido no mercado nacional entre Novembro e final de Abril continua a suplantar a estratégia inversa e a estratégia de "Buy and Hold".
 
Deixo-vos o excerto do jornal, onde consta o artigo.
 
 

Actualização dos trades da carteira

Ouro
 
Fechei ontem, no ponto de break-even, a posição longa que detinha em ouro desde dia 15 de Julho. Saí assim a USD 1294,78 com ganho nulo.
 
Trigo
 
O trade curto em trigo, que abri no dia 18 de Julho a USD 549, tem corrido bastante bem, tendo o trigo desvalorizado mais de 3% desde então. Resolvi proteger ganhos, passando o stop loss para os USD 546.
 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Estranha reacção do USDCAD à divulgação das vendas a retalho levam-me a abrir uma posição curta

Há 3 dias atrás referi que iria aguardar pelas divulgação das vendas a retalho no Canadá para tomar uma posição em USDCAD.
 
Pelas razões que apontei nessa análise estava mais inclinado para a abertura duma posição longa, mas os acontecimentos de ontem vieram alterar por completo a minha visão. E passo a explicar porquê...
 
As core retail sales no Canadá aumentaram apenas 0,1% m/m, quando o mercado antecipava uma subida de 0,3%. Este dado, por si só, deveria ter levado o USDCAD a disparar em alta. Ainda por cima ontem foi um dia positivo para o dólar, pelo que teríamos todos os ingredientes necessários para levar a uma subida no par cambial.

Em vez disso o USDCAD caiu e registou novos mínimos semanais nos 1,0725, o que é um claro sinal de que existe muita pressão vendedora no mercado.

Decidi abrir um curto a 1,0722 com stop loss a 1,0820 e take profit a 1,0540.

terça-feira, 22 de julho de 2014

O novo PSI-19

Depois de ter regressado ao PSI-20 em Junho do ano passado, a gestora da praça lisboeta decidiu retirar a Espírito Santo Financial Group (ESFG) do PSI-20, passando o índice a integrar 19 empresas temporariamente.
 
A negociação das acções da ESFG já estava suspensa desde dia 10 de Julho, depois da própria empresa ter pedido a sua suspensão devido às dificuldades que o seu maior acionista, a Espírito Santo Internacional, estava a sentir. Todo o grupo Espírito Santo tem estado sob forte pressão devido a receios sobre a sua solidez financeira.
 
A empresa saiu hoje do principal índice da bolsa nacional com a sua negociação ainda suspensa e com cada acção a valer 1,185€, menos 77% do que quando foi promovida ao PSI-20 em 24 de Junho de 2012. É o segundo regresso desastroso para o ESFG depois de em 2012, ano em que se iniciou o Bull Market do PSI-20, ter perdido cerca de 10% do seu valor. Se já considerava o ESFG uma empresa desinteressante, o corte no rating da holding pela agência de notação financeira Moody’s em três níveis, de B2 para Caa2, ficando apenas três níveis acima da situação de incumprimento (”default”), acrescido do agravamento do perfil de risco de crédito, levam-me a retirar a empresa do meu radar.
 
A despromoção do ESFG ao PSI-Geral levantou agora um problema para a gestora da praça portuguesa: Qual será a cotada que irá preencher esta vaga já na próxima revisão trimestral em Setembro?
 
Relembro que, no início do ano (Março 2014), entraram em vigor os novos critérios de admissão ao PSI-20 (quem quiser ler os detalhes completos das novas regras poderá fazê-lo aqui). Além da maior exigência no que respeita à percentagem de capital disperso em bolsa (free float), que passa agora a ser de 15%, as empresas candidatas deverão também cumprir um novo critério de elegibilidade: um mínimo de €100 milhões para a capitalização bolsista efetivamente dispersa (Free float market capitalization). É precisamente neste ponto que reside o principal problema. Nenhuma das acções candidatas cumpre o critério dos 100 milhões de euros de capitalização. As duas empresas que estão mais próximas de atingir esse critério são a Espírito Santo Saúde e a Novabase, com capitalizações de 52 milhões e 42 milhões de euros, respectivamente.
 
Contudo, este factor não é de todo preocupante dado que o novo critério de dimensão mínima prevê que o PSI-20 possa ter 18 constituintes.
 
O PSI-20 continua a recuperar das grandes quedas que teve, mas agora com 19 cotadas!
 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Banco do Canadá prevê primeiro aumento na taxa de juro só daqui a 2 anos

No dia seguinte à divulgação do relatório sobre política monetária, o governador Poloz do Banco do Canadá disse que o primeiro aumento da taxa de juro de referência só será daqui a 2 anos. Apesar dos recentes bons dados macroeconómicos e do aumento recente da inflação no Canadá, o BoC só deverá aumentar a taxa de juro de referência depois dos Estados Unidos o fazerem, o que está previsto para 2015.
 
Posto isto, estão reunidos os ingredientes para uma nova subida no USDCAD. Tecnicamente, o USDCAD parou a sua queda nos 1,06. Apesar de assustadora, esta queda representou, nada mais nada menos que 38,2% de todo o movimento de subida desde Setembro de 2012. Para já a média móvel de 50 dias (vermelho) conseguiu travar novas subidas no USDCAD.
 
Vou aguardar pela divulgação das vendas a retalho na 4ª feira para poder tomar uma posição em USDCAD.
 
 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Movimento especulativo no trigo dá bom ponto de entrada curta

Na análise que fiz na semana passada ao trigo, apontei as razões fundamentais que me levavam a continuar bearish no trigo. No entanto, chamei a atenção para o facto de que, no curto prazo, poderíamos assistir a uma correcção em alta, fruto da divergência positiva existente entre o indicador de estocástico e o preço.
 
Nessa mesma análise, referi também que aguardava uma vinda á zona dos USD 550 para iniciar uma posição curta, o que acabou por acontecer na sessão de ontem, depois do abatimento dum avião comercial da Malaysian Airlines perto da região de Donetsk, ter renovado preocupações em relação às tensões na região e possíveis interrupções na exportação de cereais.
 
O preço do trigo chegou a subir mais de 4% mas acabou por fechar com uma valorização mais modesta de 2,4%. Esta reacção foi, na minha opinião, meramente especulativa e baseada em receios infundados de que surjam dificuldades em fazer chegar o trigo aos portos ucranianos, situados no sul do país, e que abastecem os compradores do “Mar Negro”.
 
 
Posto isto, e tendo em consideração que os fundamentais continuam válidos, iniciei uma posição curta em trigo a USD 549 com stop loss a USD 576 (acima do nível 61,8% de fibo) e take profit nos USD 460. Depois dum reteste à zona de resistência dos USD 550 o trigo deverá agora retomar a sua tendência descendente, tal como exemplificado no gráfico.